quinta-feira, 26 de março de 2009

Movimentos Fauvismo


O movimento artístico denominado Fauvismo surgiu em 1905, durante uma exposição que se realizou em Paris, no Salon d'Automne onde foram expostos quadros de livre interpretação e de um colorido gritante, rodeando uma escultura clássica, de grande sensibilidade, que representava uma criança. Este contraste tão violento, chamou a atenção de um crítico de arte que ali se tinha deslocado que, muito chocado, exclamou ironicamente "Donatello parmi les Fauves". Os autores das obras expostas, André Dérain [1880-1954], Kees van Dongen [1877-1968] e o flamengo Maurice Vlaminck [1876-1958], aproveitando a expressão, baptizaram este novo modelo de pintura com o nome de Fauvismo. Neste movimento, cada um estabelecia a sua própria definição de pintura. Há também uma interpretação livre da Natureza. Os Fauves vieram libertar os artistas de todas e quaisquer inibições ou convenções no uso da cor. Trata-se de um estilo vigoroso, quase frenético, no qual se nota o exagero na concentração de concepções estéticas dos vinte anos anteriores, levados as conseqüências mais extremas. Nele são utilizadas cores muito puras, vivas e primárias, contrastando umas com as outras. Dava-se grande importância à cor, muitas vezes em detrimento da forma, pela eliminação da perspectiva. As diferentes partes do corpo encontram-se nitidamente segmentadas, acentuando-se as articulações, o que nos faz lembrar as esculturas negro-africanas, recentemente descobertas. As linhas rítmicas ligam com grande dinamismo as diferentes partes das composições, estabelecendo entre elas uma forte e contínua tensão. Nota-se uma tendência para sugerir uma cena mais ampla do que a que se encontra representada, anulando-se alguns dos pormenores, como se o espetáculo estivesse a ser visto de uma janela. Quanto aos temas tratados, embora se interessassem pela figura humana, os Fauves foram essencialmente paisagistas. Gauguin foi o seu precursor. Neste movimento destacam-se: Henri Matisse, considerado "o rei das feras", Maurice de Vlaminck e Raoul Dufy.

Obras





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