domingo, 29 de março de 2009

Tarcila do Amaral
Tarsila nasceu e foi criada em um ambiente familiar e de estrutura patriarcal, o que a levou a ter
um comportamento tradicional e também uma curiosidade exagerada pelo “novo”, o desconhecido, vivendo sempre entre o tradicional e o progressista. Sua personalidade de futura pintora é desenvolvida nesses dois pólos, o que também será absorvido pela sua arte . E com o tempo vai formando-se Tarsila, entre a fazenda patriarcal e a casa de São Paulo, entre a meninice da infância e o desenvolvimento paulista. É dessa nova geração que vem Tarsila, assim como Oswald de Andrade, que são antecessores a Primeira Guerra Mundial, formada nos primeiros anos de República e os mais difíceis do país. Anos cheios de agitações com a Revolta da Armada de 1910, a revolta do Forte de Copacabana em 1922 e a Revolução da Aliança Liberal, que culminaria no Tenentismo dos anos 20. Apesar de seu aprendizado ser convencional, o que a lança é a sua curiosidade constante, impulsionando-a fazer sonetos, tocar piano e almejar viajar, principalmente depois do final de seu casamento, sendo que para a época tradicional em que viviam isso era uma revolução na sociedade paulistana. No decorrer da Primeira Grande Guerra, tudo pode ser chamado convencional na literatura e na pintura que se faziam no Brasil. Na literatura reinava o Simbolismo e o Penumbrismo, que caracterizavam essa época de transição entre o Parnaso e o Moderno. Na pintura de Almeida Junior só existia a acadêmica, de valorização temática brasileira de Almeida Junior, ainda que nada tivesse de revolucionário, era o reflexo da escola convencional francesa. Os modernistas estavam loucos para produzir uma arte que retratasse a transformação econômica de uma São Paulo caipira, que trocava carroças por buzinas anunciadoras da modernidade. E nas ruas, uma revolução social estava em curso. Os tenentes rebelavam-se contra a corrupção e o desrespeito à Constituição, provocando, cinco meses mais tarde, o levante no Forte de Copacabana. Com essa vontade acontece a semana de arte moderna em São Paulo,sendo a resposta de todos os modernistas aquela sociedade caipira, foi uma verdadeira revolução e marcou o Brasil para sempre. Depois Tarsila viaja para Paris com suas obras produzidas aqui e tidas como da fase Pau-brasil e realiza exposições lá em Paris e também na Rússia.

Tarsila volta ao Brasil e começa uma nova fase chamada Antropofágica, à partir do quadro que deu de presente a Oswald no seu aniversário, “Abaporu”.É Oswald quem escreve poemas e faz manifestos para as duas fases de Tarsila, além de ser seu companheiro de muitos anos. Concluindo, a vida de Tarsila se resume no que ela produziu e sua obra se resume no que aconteceu na sua vida.
Obras
Tarsila do Amaral, Operários

Tarsila do Amaral, Abaporu

Cubismo

Este movimento artístico tem seu surgimento no século XX e é considerado o mais influente deste período. Com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza. A imagem única e fiel à natureza, tão apreciada pelos europeus desde o Renascimento, deu lugar a esta nova forma de expressão onde um único objeto pode ser visto por diferentes ângulos ao mesmo tempo.

O marco inicial do Cubismo ocorreu em Paris, em 1907, com a tela Les Demoiselles d''Avignon, pintura que Pablo Picasso levou um ano para finalizar. Nesta obra, este grande artista espanhol retratou a nudez feminina de uma forma inusitada, onde as formas reais, naturalmente arredondadas, deram espaço a figuras geométricas perfeitamente trabalhadas. Tanto nas obras de Picasso, quanto nas pinturas de outros artistas que seguiam esta nova tendência, como, por exemplo, o ex-fauvista francês – Georges Braque – há uma forte influência das esculturas africanas e também pelas últimas pinturas do pós-impressionista francês Paul Cézanne, que retratava a natureza através de formas bem próximas as geométricas.
Historicamente o Cubismo se dividiu em duas fases: Analítico, até 1912, onde a cor era moderada e as formas eram predominantemente geométricas e desestruturadas pelo desmembramento de suas partes equivalentes, ocorrendo, desta forma, a necessidade de não somente apreciar a obra, mas também de decifra-la, ou melhor, analisa-la para entender seu significado. Já no segundo período, a partir de 1912, surge a reação a este primeiro momento, o Cubismo Sintético, onde as cores eram mais fortes e as formas tentavam tornar as figuras novamente reconhecíveis através de colagens realizadas com letras e também com pequenas partes de jornal.
Na Europa está o maior número de artistas que se destacaram nesta manifestação artística, entre eles os mais conhecidos além dos precursores Pablo Picasso e Braque são: Albert Gleizes, Fernand Léger, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Robert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris.


CUBISMO NO BRASIL Semana de Arte Moderna de 1922
Somente após a Semana de Arte Moderna de 1922 o movimento cubista ganhou terreno no Brasil. Mesmo assim, não encontramos artistas com características exclusivamente cubistas em nosso país. Muitos pintores brasileiros foram influenciados pelo movimento e apresentaram características do cubismo em suas obras. Neste sentido, podemos citar os seguintes artistas : Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.


Pablo Picasso




Di Cavalcanti

Andy Warhol




















Quem é Andy Warhol ? Andrew Warhola (mudou de nome mais tarde, por achar que soava mais americano). era descedente de checos que teve uma infância pobre em Pittsburgh , mas sempre teve a oportunidade de estudar (ele se formou na Carnegie Mellon). Após se formar se mudou para Nova Iorque. Trabalhou no mundo publicitário, criando capas de cds (quem não lembra daquela famosa banana na capa do disco do Velvet Underground?), livros, revistas, e logo obteve muito sucesso, o que lhe abriu possibilidades no mundo da arte.

Vapa do cd do Velvet Underground


Por ser admirador da cultura americana e principalmente, consciente da época em que vivia (anos 50/60), Warhol utilizou como temas o consumismo e as celebridades (que na verdade não passam de suproduto do consumismo).Embora seja considerado por muitos como um pintor, Warhol pintou pouquissímos quadros. Grande parte deles eram serigrafia, e em muitas vezes, Warhol apenas dizia o que queria e outras pessoas executavam a obra. Isso faz de Warhol um dos primeiros artistas conceituais, ou seja, um artista que idealiza uma obra mas não necessariamente a executa. Além de poder criar mais obras (já que ele teria que se preocupar somente com o conceito), a maneira de fazer suas obras refletiriam exatamente aquilo que elas retratam: rápidas, em grande escala e de certa forma impessoal (já que não teria a pincelada de Warhol). Mas notem que mesmo que ele “apenas” idealize uma obra e não a execute diretamente, é extremamente fácil de reconhecer uma obra de Andy Warhol, o que demonstra que mesmo apenas no papel de idealizador, ele conseguiu imprimir um estilo muito pessoal na sua arte.

Essa a grande genialidade desse artista: Warhol, de uma maneira única, captou a essência da segunda metade do século XX.

Warhol desenhou a Coca-Cola em sua obra não só por que é o produto mais vendido, símbolo do capitalismo, mas porque para ele, a Coca era um símbolo de igualdade. Tanto você quanto a Madonna, Tom Cruise ou Britney Spears bebem a mesma Coca-Cola. Não importa a classe social, você sabe que a Coca-Cola que eles bebem tem o mesmo sabor que a sua.
Sempre Coca-Cola.
Também é comum quadros de personalidades famosas repetidas a exaustão. Aí possivelmente ele quer passar a idéia de que essas personalidades são conhecidas por todos, estão em todos os lugares (revistas, TV, Internet), e talvez elas estarem pintadas com varias cores diferentes num mesmo quadro mostre que elas não são necessariamente retratadas pela mídia da maneira que elas realmente são.

Ou seja. são infinitas interpretações que podem ser dadas a seus quadros, o que demonstra que a pop art, embora parece uma arte fácil e rapidamente consumível, é bem mais complexa (e interessante) do que pode aparentar.


sexta-feira, 27 de março de 2009

Romero Brito




Biografia:

Nascido no Recife, Pernambuco, em 06 de outubro de 1963, no Brasil, aos oito anos começou a mostrar interesse e talento pelas artes. Com muita imaginação e criatividade, pintava em sucatas, papelão e jornal. Sua família o ajudava a desenvolver seu talento natural, dando-lhe livros de arte para estudar. “Eu ficava sentado e copiava Tolouse e outros mestres dos livros, por dias e dias.” Aos 14 anos fez sua primeira exibição pública e vendeu seu primeiro quadro à Organização dos Estados Americanos. Embora encorajado por este sucesso precoce, as circunstâncias modestas de sua vida o motivaram a estabelecer metas e a criar seu próprio futuro. “Na condição de criança pobre no Brasil, tive contato com o lado mais sombrio da humanidade. Como resultado, passei a pintar para trazer luz e cor para minha vida.” Freqüentou escolas públicas, recebeu bolsa de estudos para uma escola preparatória e aos 17 anos entrou para a Universidade Católica de Pernambuco, no curso de Direito. Viajou para a Europa para visitar lugares novos e ver a arte que só conhecia nos livros. Durante um ano pintou e exibiu seus trabalhos em vários países como Espanha, Inglaterra, Alemanha e outros. Quando retornou ao Brasil, seu desejo de ter contato com o mundo ficou ainda mais forte, queria continuar a viajar e mostrar sua arte. Com isso, desistiu do curso de Direito e decidiu ir visitar um amigo de infância, Leonardo Conte, que estava estudando inglês em Miami, nos Estados Unidos. Lá se deu conta que tinha muita empatia com o ritmo acelerado do “american way of life”. A diversa paisagem cultural e a beleza tropical o fizeram lembrar do Brasil. Fez de Miami, então, sua residência permanente. Trabalhou como atendente em lanchonete e lava-rápido, como ajudante de jardineiro e caixa de loja. Durante esse percurso, ele fez muitas amizades e através desses amigos conheceu Cheryl Ann com quem se casou e teve um filho, Brendan Britto. Durante o processo de busca de uma galeria onde pudesse expor sua arte, Romero começou a mostrar seu trabalho nas calçadas de Coconut Grove, na Flórida. Depois chegou até a Steiner Gallery, em Bal Harbour, também na Flórida. Foi nessa galeria que Berenice Steiner e Robyn Tauber começaram a vender seus trabalhos a entusiastas da arte do mundo inteiro. Nesse período, Romero iniciou uma parceria com uma loja que vendia móveis artísticos em Coral Gables, Coconut Grove e Bayside Marketplace, em Miami. Estas lojas começaram a vender suas obras. Sr. Mato, o dono das lojas, ficou tão entusiasmado com as vendas das obras do jovem Romero que decidiu assinar um contrato de aluguel de curto prazo, no então famoso Mayfair Shops, em Coconut Grove. O local a ser alugado era anteriormente um salão de beleza e o Sr. Mato decidiu não renovar o contrato, de tal modo que as obras de Romero Britto foram sendo mostradas entre os equipamentos do salão. Assim se formou o estúdio de Romero. O Sr. Mato deu ao artista a oportunidade de manter a loja até o termino do período de locação. Após o encerramento desse período de 4 meses, Romero assumiu a locação e manteve seu estúdio em Mayfair Shops por 6 anos. Foi no estúdio de Mayfair que Michael Roux, então Diretor Presidente da Absolut Vodka, convidou Romero para criar uma pintura para ser usada em uma nova campanha publicitária da vodka. Trabalharam nesta campanha artistas pop muito conhecidos e conceituados como Andy Warhol, Keith Haring, Kenny Scharf e Ed Ruscha. Romero Britto foi o quinto artista a ser contratado pela Absolut Vodka. Os anúncios publicitários apareceram nas mais importantes revistas da América. Foram 62 publicações nos Estados Unidos. Essas publicações foram distribuídas ao redor do mundo muito rápido e foram vistas por milhares de pessoas. Seguindo a trajetória da Absolut, empresas de renome como a Grand Manier, Pespsi Cola, Disney, IBM e outras interessadas em cultura popular passaram a incorporar as pinturas de Romero Britto em seus projetos especiais. Ao longo desses anos, Romero tem dedicado seu talento, sua arte e sua energia a muitas causas filantrópicas. Usando sua capacidade e influência, oferece oportunidades de arrecadação de fundos para importantes e respeitáveis organizações em vários países.


Obras:




quinta-feira, 26 de março de 2009

Matisse



A arte do pintor francês Matisse baseia-se num método que, segundo ele próprio, consiste em abordar separadamente cada elemento da obra -- desenho, cor, composição -- e em juntá-los numa síntese, "sem que a eloqüência de um deles seja diminuída pela presença dos outros". Abandonou assim a perspectiva, as técnicas do desenho e o efeito de claro-escuro para tratar a cor como valor em si mesma.
Henri-Émile-Benoît Matisse nasceu em Le Cateau, Picardia, em 31 de dezembro de 1869. Mudou-se para Paris em 1891 e estudou na École des Arts Décoratifs e no ateliê de Gustave Moreau. No período entre 1900 e 1905 participou do Salão dos Independentes e do Salão de Outono. Causou sensação ao incluir-se, com Albert Marquet e André Derain, entre os primeiros fauvistas.
Sua arte conheceu depois grande divulgação. Fundou uma academia freqüentada por alunos do mundo inteiro. Em 1909 abriu-se uma exposição sua em Moscou e, em 1910, uma retrospectiva em Paris. As viagens que fez ao Marrocos e a Tânger, entre 1910 e 1912, influenciaram sua obra. Em 1913 expôs no Armory Show, em Nova York, e em 1920 colaborou com a companhia russa de balé de Diaghilev.
Em sua primeira fase, Matisse se mostrava como descendente direto de Cézanne, em busca do equilíbrio das massas, mas outras influências, como as de Gauguin, Van Gogh e Signac, levaram-no a tratar a cor como elemento de composição.
Em 1904-1905, "Luxo, calma e volúpia" ainda revelava a influência dos pós-impressionistas, mas já demonstrava grande simplificação da cor, do traço e dos volumes. Em 1908, a euforia decorativa de "O aparador, harmonia vermelha" atestava que Matisse já tinha estilo próprio.
Dos pintores fauvistas, que exploraram o sensualismo das cores fortes, ele foi o único a evoluir para o equilíbrio entre a cor e o traço em composições planas, sem profundidade.
Ao explorar ora o ritmo das curvas, como em "A música" (1909) e "A dança" (1933), ora o contraste entre linhas e chapadas, como em "Grande natureza morta com berinjelas" (1911-1912), Matisse procurou uma composição livre, sem outra ligação que não o senso de harmonia plástica. Sua cor não se dissolvia em matizes, mas era delimitada pelo traço.
Já liberto do fauvismo, o pintor mostrou, às vezes, tendência a reduzir as linhas à essência, como em "A lição de piano" (1916), mas não se interessou pela pura abstração. O amor pela exuberância decorativa aparece em "Blusa romena" e na série "Odaliscas", de 1918.
Em sua fase final, Matisse voltou-se para a esquematização das figuras, de que são exemplos a decoração mural "A dança", para a Barnes Foundation, em Merion, nos Estados Unidos, e os papiers collés ou gouaches découpées (técnica que chamou de "desenho com tesoura") que ilustram Jazz (1947), livro com suas impressões sobre a arte e a vida.
Foi também escultor e ilustrador. Em 1944, como desenhista, ilustrou as Fleurs du mal (Flores do mal), de Baudelaire, e, como litógrafo, as Lettres portugaises (1946; Cartas portuguesas), atribuídas a soror Mariana Alcoforado, e Les Amours, de Pierre Ronsard.
Entre 1948 e 1951 dedicou-se à concepção arquitetônica e à decoração interior da capela do Rosário em Saint-Paul, perto de Vence, no sul da França. O autor considerava essa sua melhor obra, e nela concebeu todos os detalhes, dos vitrais ao mobiliário, voltado para uma concepção mais ascética das formas, embora nos arabescos florais predomine uma linha sinuosa.
Henri Matisse morreu em Nice, França, em 3 de novembro de 1954.

Hanri Toulouse


Pintor e artista gráfico francês (24/11/1864-9/9/1901). Responsável pelo reconhecimento da litografia e do cartaz como obras de arte. De família aristocrática, desde a infância recebe educação artística, bem como assiduamente pratica esportes até os 14 anos, quando num acidente quebra o fêmur esquerdo e, menos de um ano depois, o direito.
Por causa de uma deficiência na metabolização do cálcio, os membros inferiores ficam atrofiados, o que o faz mancar para o resto da vida. Tem aulas na juventude com Bonnat e Cormon, dois artistas competentes, e em 1885, aos 21 anos, abre o próprio estúdio em Montmartre.
Torna-se pintor contra a vontade da família e para sobreviver desenha em periódicos ilustrados. Ilustra temas esportivos, produz cartazes de peças de teatro e de cabarés, como o Moulin Rouge, e retrata a vida nos cafés, circos, bordéis, em obras como The Bar, 1898; At the Moulin Rouge, 1892; At the Races, 1899.
Coleciona litografias do pintor espanhol Francisco de Goya (1786-1828) e recebe influência de Degas, cujo trabalho se assemelha às gravuras coloridas japonesas.
Em 1899 sofre um colapso nervoso em virtude do consumo excessivo de álcool e sífilis. Passa vários meses num sanatório, mas volta a beber no ano seguinte. Executa pinturas cada vez mais sombrias até morrer, no castelo da família, em Malromé, interior da França.
Movimentos Fauvismo


O movimento artístico denominado Fauvismo surgiu em 1905, durante uma exposição que se realizou em Paris, no Salon d'Automne onde foram expostos quadros de livre interpretação e de um colorido gritante, rodeando uma escultura clássica, de grande sensibilidade, que representava uma criança. Este contraste tão violento, chamou a atenção de um crítico de arte que ali se tinha deslocado que, muito chocado, exclamou ironicamente "Donatello parmi les Fauves". Os autores das obras expostas, André Dérain [1880-1954], Kees van Dongen [1877-1968] e o flamengo Maurice Vlaminck [1876-1958], aproveitando a expressão, baptizaram este novo modelo de pintura com o nome de Fauvismo. Neste movimento, cada um estabelecia a sua própria definição de pintura. Há também uma interpretação livre da Natureza. Os Fauves vieram libertar os artistas de todas e quaisquer inibições ou convenções no uso da cor. Trata-se de um estilo vigoroso, quase frenético, no qual se nota o exagero na concentração de concepções estéticas dos vinte anos anteriores, levados as conseqüências mais extremas. Nele são utilizadas cores muito puras, vivas e primárias, contrastando umas com as outras. Dava-se grande importância à cor, muitas vezes em detrimento da forma, pela eliminação da perspectiva. As diferentes partes do corpo encontram-se nitidamente segmentadas, acentuando-se as articulações, o que nos faz lembrar as esculturas negro-africanas, recentemente descobertas. As linhas rítmicas ligam com grande dinamismo as diferentes partes das composições, estabelecendo entre elas uma forte e contínua tensão. Nota-se uma tendência para sugerir uma cena mais ampla do que a que se encontra representada, anulando-se alguns dos pormenores, como se o espetáculo estivesse a ser visto de uma janela. Quanto aos temas tratados, embora se interessassem pela figura humana, os Fauves foram essencialmente paisagistas. Gauguin foi o seu precursor. Neste movimento destacam-se: Henri Matisse, considerado "o rei das feras", Maurice de Vlaminck e Raoul Dufy.

Obras





quarta-feira, 25 de março de 2009


Irmãos Campana




Uma pequena biografia.

Nesta página, você vai conhecer um pouco sobre estes dois brotenses de coração: Humberto e Fernando Campana. Os dois irmãos são hoje conhecidos em todos os lugares do mundo por suas inigualáveis qualidades numa arte extremamente técnica e sofisticada: o design de arte, mas que eles inovam cada vez mais, maravilhando a todos com sua simplicidade e com a utilização de materiais comuns, encontrados em todos os lugares.
Seu pai, já falecido, o Dr. Alberto Campana, nasceu em Jau, SP, e depois de formado em Engenharia Agronômica, radicou-se em Brotas, onde trabalhou por muitos anos na Casa da Lavoura, a qual hoje tem o seu nome. Sua mãe, Dona Célia Maria Piva Campana, brotense de família tradicional, foi professora no famoso Grupo Escolar Dona Francisca Ribeiro dos Reis, de Brotas.
Os dois viveram sua infância e adolescência em Brotas. Já formados, foram para São Paulo, onde iniciaram sua carreira artística.
Nestes quase 20 anos, viajaram pelo mundo todo, fazendo exposições pessoais e coletivas, workshops, palestras, cursos, ganharam inúmeros prêmios, tem suas obras expostas nos principais museus do mundo e são hoje, sem dúvida nenhuma, reconhecidos pela crítica especializada, como designers de maior criatividade deste início do século XXI.


Poucos privilegiados podem se dar ao luxo de ter em casa uma peça dos Irmãos Campana. O preço é alto, sim. Mas está à altura destes dois paulistas que colocaram o Brasil na vanguarda do design. E o mais engraçado é que tudo começou em uma feira, onde Fernando, 45 anos, e Humberto, 53, compraram um rolo de cordas. Este elemento popular ganhou forma nas mãos dos designers e se transformou na peça Vermelha, cadeira responsável pela projeção internacional da dupla e hoje pertencente ao acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). Tudo é arrojado no trabalho dos irmãos, que quando crianças, na interiorana Brotas (SP), já deixavam de lado o futebol para construir cabanas. Do design aos materiais, todas as peças têm um ar transformador. Sarrafos, cordas, bonecas de pano e reciclados trazem novas interpretações para móveis e objetos.
- Nas favelas se faz colchões e acolchoados com todo tipo de pedaço de tecido. A gente começou com isso e pensamos em sushi. Diferentes texturas enroladas todas juntas - comenta a dupla ao descrever a série de móveis Sushi (2002/2004) em seu site. É devido a esta versatilidade no uso de materiais, à linha inovadora e à particularidade de dialogar com o ambiente em que suas criações estão inseridas que a dupla foi convidada para palestrar na UNIASSELVI. Acostumados a partilhar o conhecimento e a experiência em workshops pelo Brasil e no Exterior, os Campana vêm a Indaial amanhã para falar sobre o tema Mão x Indústria. Para quem não vai à palestra ou para aqueles que desejam se informar mais sobre os designers, vale dar uma passada no site http://www.irmãoscampana.com.br/.



Em baixo você pode ver duas de suas obras.

Poltrona Jacaré


Poltrona Cone - Aço inox e policarbonato